quarta-feira, 21 de agosto de 2013

"Tudo que convém a Deus por natureza, convém a Maria por graça..."


"She's here for us. She brings us here."
(Ela está aqui para nós. Ela nos traz aqui.)

Essa frase, que me inspirou a escrever hoje, escutei de um peregrino em Medjugorje, em um documentário. Com essa profissão de fé, ele descrevia a mudança completa na sua vida que se seguiu à sua ida a essa pequena vila no interior da Bósnia-Herzegovina. Tal mudança não teve motivo outro que não Maria. 


Medjugorje é uma grande declaração de amor de Nossa Senhora por nós.
Mas que fique claro, as aparições de Maria não são dogmas de fé. Ninguém é obrigado a acreditar em nenhum dos diversos relatos de aparição de Nossa Senhora se não se impelido a isso. O Catecismo da Igreja afirma no número 67: “No decurso dos séculos tem havido revelações ditas 'privadas', algumas das quais foram reconhecidas pela autoridade da Igreja. Todavia, não pertencem ao depósito da fé. O seu papel não é 'aperfeiçoar' ou 'completar' a Revelação definitiva de Cristo, mas ajudar a vivê-la mais plenamente, numa determinada época da história. Guiado pelo Magistério da Igreja, o sentir dos fiéis sabe discernir e guardar o que nestas revelações constitui um apelo autêntico de Cristo ou dos seus santos à Igreja. A fé cristã não pode aceitar 'revelações' que pretendam ultrapassar ou corrigir a Revelação de que Cristo é a plenitude. É o caso de certas religiões não-cristãs, e também de certas seitas recentes. fundadas sobre tais 'revelações'”.

Segundo o blog Últimas e Derradeiras Graças, existem registros de 71 aparições de Nossa Senhora ao redor do mundo. Dentre essas, 22 foram reconhecidas pelo Vaticano, 20 não foram oficialmente reconhecidas pelo Vaticano, mas foram aprovadas por Papas, Bispos ou Cardeais, e 29 não são ainda aprovadas pelo Vaticano, mas foram reconhecidas pelos fiéis leigos. (derradeirasgracas.com)
Dentre as aparições reconhecidas por Papas, está a(s) de Medjugorje, reconhecida tanto pelo Bem-Aventurado João Paulo II, quanto por Bento XVI. 

Como eu já disse antes, ninguém é obrigado a acreditar em aparição alguma. Mas, ah se o mundo soubesse da(s) maravilha(s) que se passam naquele cantinho do mundo!


Medjugorje - Bósnia-Herzegovina
Eu sei que no mundo de hoje a gente precisa de fatos para convencer as pessoas de alguma coisa, mas o fato que eu tenho hoje é o meu amor. 
Aprendi a conhecer Maria através de um livrinho maravilhoso (que nem sei se ainda é vendido): Fátima, Aurora do Terceiro Milênio, de João Clá Dias. Nele, o autor faz uma afirmação que mudou a minha vida: O amor de todas as mães do mundo pelos seus filhos, somado, é infinitamente inferior ao amor de mãe Maria por um só de seus filhos. 

E é por isso que eu digo que Medjugorje é uma declaração de amor. Nossa Mãe do céu, demonstrando um amor gigante por nós, se manifesta inicialmente a 6 jovens iugoslavos para nos transmitir importantes mensagens de conversão, e vem se manifestando a 32 anos a humanidade inteira naquele lugar.
E essas mensagens são fonte de muito aprendizado, crescimento e AMOR, muito amor. 

Por muito tempo, eu fui o que São Luis Maria Grignon descreve no seu livro Tratado sobre a Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem como sendo o "Devoto Escrupuloso". O Devoto Escrupuloso é aquele que não se entrega a Maria, com medo que qualquer devoção à Maria o possa desviar de qualquer devoção à Cristo.
Mas como eu estava errada!
A Glória de Maria, que vem de Deus, não diminui em nada a Glória do Pai. Pelo contrário! Maria é a criatura perfeita, que mais amou, que mais adorou, que mais obedeceu a Deus. E tendo encontrado Graça diante Dele, foi Lhe dado participar da Sua Glória antes do fim dos tempos, antes de todos nós.
Maria, ainda que criatura (não nos esqueçamos disso), foi Aquela a quem Deus recorreu para completar os Seus planos de salvação para a humanidade. Deus não precisava de Maria (afinal, Ele é Deus!), mas Ele quis precisar. Ele quis, através daquela mocinha que tanto O amava, enviar o Seu Filho Redentor para o mundo. E assim, A encheu de Graças.
E aquela mocinha, nada mais que uma criatura, foi a responsável pela geração e criação de um Deus feito Homem: Jesus. Jesus que, mesmo sendo Deus, A foi obediente e submisso! Que mistério maravilhoso é esse! Pensar no amor gigante de Cristo por Maria que o levou a ser submisso a essa Mulher.
Quem sou eu para fazer diferente? Quem sou eu para não imitar as ações de Jesus?
Só o que eu posso fazer é, como Ele, amar muito Maria e ser fiel e obendiente à Ela. E, hoje, eu o faço na certeza que minha devoção à Santíssima Virgem de modo algum me afasta de Jesus, mas me aproxima cada vez mais Dele.
E como Maria, pela vontade do Pai, uma vez gerou o Cristo para o mundo, minha esperança é que ela a cada dia mais gere Cristo em mim e na minha vida.

Por fim, encerro com uma reflexão acerca da Perda e Encontro de Jesus no Templo em Jerusalém, que meditamos no 5o mistério Gozoso:


"Tendo ele atingido doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume da festa. Acabados os dias da festa, quando voltavam, ficou o menino Jesus em Jerusalém, sem que os seus pais o percebessem. Pensando que ele estivesse com os seus companheiros de comitiva, andaram caminho de um dia e o buscaram entre os parentes e conhecidos. Mas não o encontrando, voltaram a Jerusalém, à procura dele. Três dias depois o acharam no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. Todos os que o ouviam estavam maravilhados da sabedoria de suas respostas. Quando eles o viram, ficaram admirados. E sua mãe disse-lhe: Meu filho, que nos fizeste?! Eis que teu pai e eu andávamos à tua procura, cheios de aflição. Respondeu-lhes ele: Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai?" (Lucas 2, 42-49)

Maria foi uma mãe devotíssima ao seu Filho amado. Imagine a preocupação que deve ter inundado o coração Dela ao perceber que Ele não estava na comitiva que voltava a Nazaré!  Mas imagine também o alívio e a imensa alegria que tomou conta do Seu ser ao reencontrá-lo em Jerusalém!
Penso que hoje o coração de Maria sofre de preocupação ao ver-nos "perdidos". Como mãe que ama imensamente seus filhos (mais que todas mães já amaram todos os filhos da Terra), ela deve estar constantemente aflita e receosa por nós, pelos caminhos errados nos quais nós temos andado.
Mas penso também que a cada filho que ela "encontra", todo o Seu ser se enche de paz e tranquilidade. E sei que para Ela, não há alegria maior do que a de reencontrar seus filhos "ocupados com as coisas de Seu Pai."



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