quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Avanço na Espanha

Para mim, se tratou de um avanço. Para a mídia ideológica de esquerda mundial, não foi nada mais que uma regressão.

"Houve um tempo em que a Espanha tomava a frente nas questões dos direitos da mulher. O socialista José Luis Rodriguez Zapatero inovou por pôr em prática, em 2004, uma verdadeira paridade para o governo. É também em Madrid que foi desenvolvido e aplicado uma das políticas mais progressistas da Europa para combater o flagelo da violência doméstica. Infelizmente, a dinâmica foi invertida. Se a Espanha afirmou hoje um papel pioneiro sobre os direitos humanos das mulheres, é a regressão." 

É assim que começa um recente editorial do jornal francês Le Monde. Mas de que se trata essa regressão? Esse absurdo contra os "direitos das mulheres"?

Recentemente, o governo espanhol, liderado pelo presidente Mariano Rajoy, reavaliou uma lei colocada em vigor em 2010 que permite às mulheres espanholas realizarem abortos sem necessidade de justificativa, até a 14a semana de gestação. O anteprojeto de lei, a ser apresentado em breve, revisa a possibilidade de escolha indiscriminada pelo aborto por parte das mulheres. Ele autoriza o aborto apenas em dois casos: se tiver havido estupro e se a saúde física ou mental da mãe estiver ameaçada "de uma forma contínua e permanente".  

Não faltaram objeções. Mesmo de dentro do próprio PP, partido do governo atual, partiram críticas. O presidente do PP em Extremadura chegou a dizer que "ninguém pode negar a nenhuma mulher o seu direito de ser mãe, nem tampouco alguém pode obrigar  nenhuma mulher a ser mãe."
Para toda a mídia espanhola e para o conjunto de partidos de esquerda do país, isso não passa de um atentado aos direitos femininos.
Direito feminino. Direito?

Ainda que uma lei atual diga que uma mulher tenha o "direito" de matar a um filho seu, a nossa lei natural não garante essa liberdade. Nenhuma mulher possui tal direito. É uma das grandes mentiras criadas nos últimos tempos: fazer-nos pensar que, por se dar no seio feminino, a continuidade de uma gestação está no rol das opções individuais de uma mulher, que todos devemos poder fazer o que quizermos do nosso corpo.

Podemos sim escolher com quem mantemos relações. Podemos escolher a conveniência de relações sexuais, o momento, a frequência. Mas, quando escolhemos a liberdade de possibilitar uma gravidez, pelo sexo, o resultado já não está mais nas nossas mãos. E aborto é sim um assassinato e ninguém tem direito de matar ninguém. 

O governo espanhol está sim tomando a frente e deveria ser seguido por outros...


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