Antes das aparições de Fátima, em
1915, os três videntes, Lúcia, Jacinta e Francisco, receberam três visitas de um anjo, que se
chamou “Anjo da Paz” ou “Anjo de Portugal”, e que os preparou para a visita de
Nossa Senhora. Na primeira dessas visitas, o anjo os ensinou uma pequena e
importante oração. A irmã Lúcia descreveu o encontro:
"Ao
chegar junto de nós, disse:
- Não temais! Sou o Anjo da Paz, disse:
E, ajoelhando em terra, curvou a fronte até o chão e fez-nos repetir três vezes estas palavras:
- Meu Deus! Eu creio, adoro, espero e amo-Vos! Peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam.
Depois, erguendo-se, disse:
- Orai assim. Os Corações de Jesus e Maria estão atentos à voz das vossas súplicas.
E desapareceu.”
- Não temais! Sou o Anjo da Paz, disse:
E, ajoelhando em terra, curvou a fronte até o chão e fez-nos repetir três vezes estas palavras:
- Meu Deus! Eu creio, adoro, espero e amo-Vos! Peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam.
Depois, erguendo-se, disse:
- Orai assim. Os Corações de Jesus e Maria estão atentos à voz das vossas súplicas.
E desapareceu.”
A oração ensinada pelo anjo levanta
para nós hoje uma importante questão: como nós podemos consolar o coração de
Deus?
Parece uma questão estranha para quem
não tem fé. Mas, através dos exemplos dos santos, do estudo teológico da
criação e mesmo a partir da fé, podemos compreender a urgência de consolar o
coração do Pai.
Em
uma aula maravilhosa do Frei Andrew Apostoli sobre a Mensagem de Fátima, ele
levanta uma questão importante:
“A
cada vez que alguém diz ‘Eu te odeio, Deus!’, ou ‘Eu não acredito em Deus’,
quem vai reparar esse ódio ou essa falta de fé? Quem vai amar ao Pai a cada vez
que alguém o odeia?”
E
isso me fez pensar... De fato, a cada dia encontramos mais exemplo na internet,
na TV, nos jornais, de pessoas rejeitando, atacando e odiando a Deus. E a cada
ataque ao Seu coração, quem vai repará-lo, amando ao Senhor em compensação?
Devemos
lembrar que o Senhor, mesmo sendo Onipotente, que pode criar todo o cosmos com
um só ato da Sua vontade, não pode criar o amor livre. Essa é a razão mais
importante, a razão mais poderosa, para conceder o dom da liberdade: para obter
de nós o amor de um modo livre. Deus é um ser que ama e quer ser amado. O único
modo de obter esse amor na fé, esse amor em que se confia, esse amor desinteressado
na escuridão daquilo que ainda não vê, provado na fé, é através da liberdade. O
amor a Deus não se cria, é uma doação por parte da criatura. E repito: Deus é
um ser que ama e quer ser amado. [1]
Santa
Teresinha do Menino Jesus, que amava ao Pai, pelo Filho, de forma
extraordinária, chegou a dizer na sua “loucura de amor” que, reconhecendo que no
inferno não há uma alma sequer que ame a Deus, que do inferno não provém sequer
um consolo ao coração do Pai, ela desejava ir ao inferno para que, de lá, ela
pudesse amar a Deus. Assim, ao menos uma alma no inferno O amaria.
Assim,
podemos dizer com segurança, que cada pessoa que rejeita a Deus, O ataca e O
odeia, Deus sofre e lamenta por essa pessoa. Quem vai compensar essa rejeição?
Deus nos criou para sermos santos e se não buscamos
essa santidade estamos desagradando o Seu coração.
Portanto, proponho o seguinte: a cada vez que vimos
alguém ofender o Pai, rejeitá-Lo ou proclamar o ódio a Ele, amemos o Senhor por
aquela pessoa. Enviemos ao Pai um “pacote” de amor, de consolação e, assim como
o Anjo de Portugal ensinou, rezemos três vezes:
Meu Deus! Eu creio, adoro, espero e amo-Vos! Peço-Vos
perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam.
[1] J. A. Fortea - Summa Daemoniaca
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